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Esta noite papai ficou sentado comigo.
Trouxe o acordeão cá para baixo
e se sentou perto de onde o Max costumava sentar.
Muitas vezes, olho para seus dedos e seu rosto,
quando ele toca.
O acordeão respira. Há rugas na face de papai.
Parecem tensas e, por algum motivo, quando as vejo,
sinto vontade de chorar.
Não é por tristeza nem orgulho.
É só que gosto do jeito de elas se mexerem e mudarem.
As vezes acho que meu Pai é um acordeão.
Quando ele olha pra mim, sorri e respira,
e eu escuto as notas.
.
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[A menina que roubava livros]
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