Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito..
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Somente um par de asas..

E ela não sabia dar nome ao que sentia, mas a febre do sentir
a fazia querer ter asas, para que pudesse então voar para longe,
para algum lugar esquecido, onde pudera então não pensar, não sentir,
o que ela não compreendia, mas se fazia necessário e convicto em doer,
em lhe atar o nó na garganta; nó que atava em seu peito a apertar o coração
impedindo que o ar lhe viesse, que o sangue livremente circulasse.
Ela só queria não sentir,
mas ainda não descobrira uma maneira
de calar o
sentimento, de silenciar o pensamento ,
e desta febre ir embora...

Ela ficara doente da alma,
e em seus cala-frios, só desejava o que não podia;

Deixar mudo o pensamento,
pois sente-se esgotada,
e pensar demais
no que não deve, e NÃO QUER,
parece
que lhe leva o resto de energia que a resta..
Então ela some do mundo, das pessoas,
e se recolhe em seu mundo platônico,
[seu recanto particular,]
e fica quietinha, pra ver se passa
" ao menos um pouquinho que seja"
ou quem sabe até que se sinta um pouco mais forte para continuar...
E espera com toda a esperança que lhe resta
que seja um fase, como tantas outras que já viu passar,
e deixaram somente lembranças que não doem mais
ao menos não com tanta intensidade...
Pobre pequena,
[porque alguém não lhe concede estas asas dos sonhos,
]
e ela nem deseja asas que sejam grandes, gloriosas,
mas que apensas
suportem este peso
que ela não consegue mais carregar...

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