A menina de papel com alma de borboleta ...: Simplesmente Clarice

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Simplesmente Clarice

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4 comentários:

Patrícia Quel disse...: Oi!!!
Uma genia!!!
Bjs!!!; 4 de janeiro de 2011 às 08:49
G.Lispector' disse...: Oláá ..
..
aaa ela é MASTER né , rs
Minha Mentora, paixão desmedida!!

um.beijO*; 4 de janeiro de 2011 às 09:43
Bruno Santos Pereira disse...: Clarice é mãe de todos nós. Uma diva, uma divindade, uma deusa.

Adoro seu blog, moça. Parabéns!

Mudei o endereço do meu: http://linhasindefinidas.blogspot.com/

Beijos!; 10 de janeiro de 2011 às 16:01
G.Lispector' disse...: Yes!!!
ela é tdo e mais pouco rs..
amooooooo por demais :')
Obrigada qeridoo
adoro dar voltinhas no seu tbm..

vou add o novo endereço..
um.beijo*; 10 de janeiro de 2011 às 16:28

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Fragmentos dmiim ...

Sinto em mim uma violência subterrânea, violência q só vem à tona no ato de escrever. Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando — até q não caibo em mim e estouro em palavras. Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida. Estou escrevendo pq não sei o q fazer de mim, escrevo e assim me livro de mim e posso então descansar.
Escrever é tal procura de íntima veracidade de vida; vida q me perturba e deixa o meu próprio coração trêmulo
sofrendo a incalculável dor q parece ser necessária ao meu amadurecimento —amadurecimento?
Até agora vivi sem ele!
Mas é nas entrelinhas q me encontro, q sou eu ... entende ?!!
Hum... Mas sendo sincera comigo mesma, e com vc tbm;
... sabe, tenho medo de escrever. É tão perigoso.
Quem tentou, sabe. Para escrever tenho q me colocar no vazio, neste vazio é q existo intuitivamente, mas é um vazio terrivelmente periigosO. Sou uma escriitora q tem medo da
cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras — quais? talvez as diga, ma em uma outra hora.
Escrever é uma pedra lançada no poço fundo.
Escrevo quase q totalmente liberto de meu corpo;
é como se este estivesse em levitação. Eu escrevo para fazer existir e para existir-me. Desde criança procuro o sopro da palavra que dá vida aos sussurros. Só não me tornei uma verdadeira escritora pq me perco demais entre as vidas e minha vida; e pq também preciso pôr ordem na minha vida, nesse caos de que é feita esta vida grave e inassimilável. Não consigo me associar à minha vida.
E não agüento o cotidiano, deve ser por isso que escrevo, eu não escrevO por querer não; eu escrevo pq preCiiso, senão
o que fazer de mim? Escrevo por profundamente querer
falar.
Pensando bem ... ainda tenho pensamentos que não posso traduzir em palavras. Às vezes meu pensamento é apenas o sussurro de minhas folhas e galhos. Para o meu melhor pensamento não são encontradas as palavras.
Mas de todas as certezas q tenho, eis a minha maior ...
Eu não existiria se não houvesse palavras.
Mas quer saber ... Quem és tu que me lês?
És o meu segredo; ou sou eu o teu segredo?!!